Shuddering e Outros Episódios Paroxísticos: O que os Pais Precisam Saber

Publicado em: 11 de setembro de 2025
Ver um bebê ou uma criança pequena apresentar movimentos repentinos, tremores ou episódios considerados por muitos como “estranhos” é algo que assusta qualquer pai ou mãe. Muitas vezes, esses episódios se parecem com convulsões ou crises epilépticas, mas nem sempre são. Um exemplo típico é o shuddering, um tipo de movimento involuntário que pode parecer preocupante, mas que, na maioria dos casos, é benigno.
Se você já viu seu filho “trêmulo” por alguns segundos ou com movimentos bruscos e rápidos, continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o que é o shuddering, quais são os episódios paroxísticos mais comuns na infância, quando esses eventos são normais ou podem indicar algo mais sério.
Episódios paroxísticos são aqueles eventos que ocorrem de forma súbita, repetitiva e com início e fim bem definidos. Quando não estão associados à atividade elétrica cerebral anormal (como nas convulsões), são chamados de não epilépticos. Esses episódios são comuns na infância e podem incluir:
Em muitos casos, esses eventos são benignos, autolimitados e não afetam o desenvolvimento da criança. Ainda assim, é importante uma avaliação para afastar condições neurológicas mais sérias.
O chamado shuddering, ou “tremor súbito”, é um episódio paroxístico benigno que ocorre, geralmente, nos primeiros anos de vida de uma criança, em que ela pode apresentar um tremor rápido e involuntário do tronco, da cabeça e dos braços, como se estivesse “arrepiando” ou com frio, porém não apresenta febre, alteração de consciência e tem a duração de poucos segundos. Esses episódios costumam:
Embora seja assustador à primeira vista, o shuddering não está relacionado à epilepsia e, na maioria dos casos, não precisa de tratamento. Mas para garantir o diagnóstico correto, uma avaliação com neuropediatra de sua confiança é sempre indicada.
Embora o shuddering e outros episódios paroxísticos benignos não indiquem uma doença grave, os pais devem estar atentos aos sinais de alerta que exigem investigação mais profunda:
Se algum desses sinais estiver presente, o ideal é procurar um neuropediatra o quanto antes para uma melhor avaliação.
O diagnóstico é clínico na maioria dos casos. O neuropediatra escuta o relato dos pais, analisa possíveis vídeos dos episódios (quando disponíveis) e examina o desenvolvimento neurológico da criança. No entanto, quando há dúvidas sobre a natureza do episódio, o especialista pode solicitar exames complementares, como:
A boa notícia é que, na maioria dos casos de shuddering e episódios paroxísticos benignos, o exame neurológico é normal e a criança continua seu desenvolvimento sem alterações e sem a necessidade de tratamento.
Episódios de shuddering, espasmos do choro ou mioclonias benignas tendem a desaparecer espontaneamente com o crescimento da criança. O mais importante é o acompanhamento regular com o neuropediatra para garantir que o desenvolvimento esteja ocorrendo dentro do esperado.
Quando o episódio é causado por outra condição (como epilepsia ou distúrbio do movimento), o tratamento é direcionado à causa primária, podendo envolver medicações específicas, Fisioterapia ou outras intervenções.
É comum que pais se sintam assustados ou culpados ao presenciarem esses episódios. Por isso, a orientação clara e o acompanhamento especializado são fundamentais. Ter o suporte de um neuropediatra ajuda a diferenciar episódios benignos de condições mais graves e evita ansiedade desnecessária. Além disso, filmar os episódios (com descrição do horário, da duração e do comportamento da criança) ajuda bastante no diagnóstico.
Se seu filho apresenta movimentos estranhos ou episódios repetitivos, procure um neuropediatra. O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado garantem segurança, tranquilidade e o melhor cuidado para a criança e toda a família.