Cefaleia Infantil: Quando a Dor de Cabeça é um Sinal de Alerta

Publicado em: 21 de agosto de 2025
A dor de cabeça é uma queixa comum entre adultos, mas você sabia que crianças também podem sofrer com cefaleias? Embora, em muitos casos, a dor de cabeça infantil esteja ligada a fatores como cansaço, estresse ou problemas visuais, há situações em que pode indicar problemas neurológicos mais sérios.
Diferente dos adultos, as crianças nem sempre conseguem descrever com precisão o que estão sentindo. Por isso, é fundamental que pais, cuidadores e profissionais estejam atentos aos sinais. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o que é a cefaleia infantil, quando é considerada normal e em que situações é preciso procurar um neuropediatra.
Cefaleia é o termo médico para dor de cabeça. Em crianças, ela pode ter várias causas e se manifestar de formas diferentes, dependendo da idade, sensibilidade à dor e capacidade de comunicação.
Existem dois tipos principais de cefaleia, sendo eles:
Em geral, as cefaleias primárias são mais comuns, mas é preciso atenção para identificar possíveis sinais de alerta.
Entre as causas mais frequentes de cefaleia infantil estão:
É mais comum do que se imagina em crianças. Pode causar:
A enxaqueca pode ter histórico familiar e costuma aparecer a partir dos 5 anos de idade.
Relacionada ao estresse emocional, à ansiedade, má postura ou ao cansaço. Características:
Crianças com dificuldades visuais não corrigidas podem apresentar dor de cabeça frequente, principalmente ao final do dia ou após esforço visual prolongado.
A privação de sono ou alterações no padrão de descanso podem desencadear cefaleias recorrentes.
Ficar muitas horas sem comer ou consumir certos alimentos (como chocolate ou embutidos) pode provocar crises em crianças predispostas.
Nem toda dor de cabeça é motivo de preocupação, mas alguns sinais exigem avaliação imediata de um neuropediatra, por exemplo:
Esses sinais podem indicar condições mais sérias como infecções do sistema nervoso (meningite, encefalite), tumores intracranianos, crises hipertensivas ou aumento da pressão intracraniana.
Para ajudar no diagnóstico, os pais podem manter um diário de cefaleia, anotando:
Essas informações serão valiosas durante a consulta médica e podem acelerar a definição do diagnóstico e tratamento.
O neuropediatra é o médico especialista em distúrbios neurológicos na infância. Em casos de cefaleia persistente ou com características atípicas, esse profissional é o mais indicado para realizar a avaliação clínica e neurológica detalhada para identificar possíveis causas primárias ou secundárias.
Além disso, é responsável por solicitar exames complementares, como ressonância magnética, eletroencefalograma ou exames laboratoriais. Com todos os resultados em mãos, será possível indicar o tratamento específico, seja com medicações, terapias comportamentais ou encaminhamento multidisciplinar.
A avaliação precoce é fundamental para prevenir complicações e garantir a abordagem adequada.
O tratamento depende da causa da dor. Em casos de cefaleia primária como a enxaqueca, podem ser indicados:
Além disso, atividades físicas regulares, técnicas de relaxamento e acompanhamento psicológico podem ajudar a reduzir a frequência e intensidade das crises.
Se seu filho apresenta dores de cabeça frequentes, persistentes ou com sinais de gravidade, procure um neuropediatra. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado fazem toda a diferença para o bem-estar e o desenvolvimento da criança.