Doenças Neuromusculares da Infância – Saiba Mais

Doenças Neuromusculares da Infância

Publicado em: 2 de janeiro de 2025

Atualizado em: 21 de dezembro de 2024


Muitos pais enfrentam dúvidas ao perceber atrasos no desenvolvimento motor de seus filhos, como dificuldades para engatinhar ou caminhar. Situações como essa, que podem parecer apenas parte da fase de crescimento, podem estar relacionadas a Doenças Neuromusculares da Infância, que afetam os músculos e nervos.

Conhecer as principais Doenças Neuromusculares e seus sinais, aumenta a possibilidade de um tratamento mais eficaz e um diagnóstico seguro. Neste artigo, saiba mais sobre como reconhecer os sinais de doenças neuromusculares da infância.

O que são Doenças Neuromusculares?

As doenças neuromusculares pediátricas, são condições que afetam o funcionamento dos músculos, dos nervos e a conexão entre eles. Quando afetados, a comunicação entre os nervos e músculos é reduzida, causando sua fraqueza progressiva, deformidades e até mesmo problemas respiratórios, que atrapalham o desenvolvimento e a mobilidade dos pequenos.

Essas condições são causadas principalmente por fatores genéticos, as crianças já podem nascer com elas ou adquiri-las ao decorrer da infância e adolescência

Tipos de Doenças Neuromusculares da Infância

Na infância, há uma variedade de doenças neuromusculares que podem surgir e afetar o seu desenvolvimento, muitas com características específicas que se tornam cruciais para um diagnóstico. As mais comuns são:

  • Distrofia Muscular de Duchenne (DMD): Uma condição genética que causa fraqueza muscular progressiva, geralmente manifestada entre os 2 e 5 anos;
  • Atrofia Muscular Espinhal (AME): Doença genética que compromete os neurônios motores, dificultando movimentos como sentar, engatinhar e caminhar;
  • Miopatias Congênitas: Um grupo de doenças que afetam o tônus e a força muscular desde o nascimento, podendo causar atraso motor;
  • Doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT): Doença genética que causa dano aos nervos que controlam os músculos, mais comuns nos pés e nas mãos;
  • Artrogripose: Distúrbio que causa rigidez e redução da mobilidade em mais de uma articulação;

Sintomas

Os sintomas das doenças neuromusculares podem variar de acordo com a área afetada e com o tipo de distúrbio apresentado pelo pequeno.

Dependendo da idade a qual a criança está passando por essa condição, pode ser difícil notar algo diferente. Aos já nascidos com a doença, os sintomas podem aparecer somente quando começarem a desenvolver os marcos motores, por isso é importante saber as etapas desse processo. Em crianças mais crescidas e adolescentes, é mais fácil a observação de sintomas, já que ocorre uma regressão de habilidades e controle de mobilidade.

Mesmo assim, é crucial acompanhar os sintomas mais frequentes e comuns, sendo eles:

  • Fraqueza e atrofia muscular;
  • Movimentos e contração involuntária com os músculos;
  • Problemas em manter o equilíbrio;
  • Alteração da sensibilidade e/ou formigamento;
  • Baixo tônus muscular;
  • Problemas com respiração.

Diagnóstico

O diagnóstico é o processo onde o neuropediatra identifica qual distúrbio neuromuscular está afetando a qualidade de vida do seu filho, por isso é importante sempre manter um acompanhamento com o neurologista infantil.

Este diagnóstico por muitas vezes, é obtido em avaliações médicas específicas para doenças neuromusculares, onde a criança é levada por ter apresentado os principais sintomas. O neuropediatra realiza um teste físico que avalia a força muscular e o reflexo dos pequenos.

Outros exames incluídos podem ser:

  • Exame de sangue;
  • Exames de imagem, como ressonância magnética (RM);
  • Biópsia muscular;
  • Ultrassom;
  • Exames genéticos;
  • Eletroneuromiografia.

Tratamentos

O tratamento oferecido às crianças pelo neuropediatra depende principalmente do diagnóstico obtido, com isso é possível alcançar um melhor resultado de melhora na criança.

A maior parte das doenças neuromusculares da infância ainda não possuem cura, ou seja, os tratamentos são oferecidos para melhorar a qualidade de vida das crianças, assim como sua mobilidade e seu desenvolvimento para que possam ter um futuro melhor.

Mesmo assim, com o avanço na medicina moderna, é possível proporcionar para os pais e/ou responsáveis, uma melhoria na saúde muscular de seus filhos, com terapias e outras abordagens, confira:

  • Fisioterapia: Ajuda as crianças preservarem a força e a mobilidade, auxiliando na movimentação;
  • Terapias nutricionais: Tem como foco evitar o emagrecimento prejudicial e ajudar os nutrientes do corpo;
  • Terapia com medicamentos: Pacientes com alguns distúrbios podem se beneficiar com medicações específicas;
  • Assistência respiratório: Para pacientes infantis que apresentam a dificuldade respiratória, é obtido auxílio de dispositivos que melhoram esse sintoma, como ventiladores específicos;
  • Acompanhamento psicológico: Ajuda os familiares e a criança a superar os desafios propostos pela condição apresentada, auxiliando na visão de um tratamento mais eficiente.

As doenças neuromusculares da infância são complexas e desafiadoras, mas, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida das crianças.

Embora muitas dessas condições não tenham cura, ainda assim é importante fornecer apoio sobre a melhora dos sintomas do distúrbio para os pequenos, sempre dando auxílio no processo de superação.

É essencial que pais e/ou responsáveis, trabalhem juntos ao neuropediatra para garantir o melhor cuidado possível para os pequenos afetados. Se você precisa de mais informações sobre as doenças musculares na infância, não exite em marcar uma consulta com um médico neurologista infantil de sua confiança.

Mais informações sobre este assunto na Internet: