Tratamento do TDAH – O que é Importante Saber

Publicado em: 6 de novembro de 2024

Atualizado em: 27 de novembro de 2024


Você sabia que a pessoa infectada pelo HIV já pode apresentar sintomas relacionados à infecção aguda após apenas 2 semanas após o contágio? A Síndrome Retroviral Aguda (SRA), também conhecida como infecção aguda pelo HIV, é o conjunto de sintomas que algumas pessoas apresentam logo após a infecção inicial pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Esse estágio é caracterizado por uma resposta intensa do sistema imunológico, ocorrendo, geralmente, de duas a quatro semanas após a exposição ao vírus. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o que é a Síndrome Retroviral Aguda e como tratar a condição.

A Síndrome Retroviral Aguda e Seus Sintomas

A síndrome retroviral aguda é um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem na fase aguda do HIV, aparecendo em média, ao final do primeiro mês após após o contágio. Os sintomas da SRA são frequentemente semelhantes aos de outras infecções virais, como gripe ou mononucleose, o que pode dificultar o diagnóstico inicial.

Além de sintomas sistêmicos, como febre alta (38 a 40°C), cansaço e dores musculares, existem outros sinais que podem apontar um caso de SRA, sendo eles:

Linfadenopatias

  • São os gânglios aumentados, as chamadas ”ínguas” ou carocinhos;
  • Costumam aparecer 2 semanas após a infecção pelo vírus;
  • Geralmente, envolvem axilas, pescoço e nuca;
  • Começam a diminuir de tamanho após o quadro agudo da infecção, mas em algumas pessoas tendem a persistir por mais tempo, ou mesmo reduzir mas sem voltar ao tamanho original.

Alterações na Garganta e nas Mucosas

  • Dor de garganta é uma manifestação muito frequente nessa fase da infecção. Pode ficar inchada, vermelha e até com secreção;
  • Úlceras dolorosas com fundo branco e bordas vermelhas parecendo aftas dentro da boca, do esôfago, da região genital ou anal;
  • Candidíase oral;
  • Leucoplasia pilosa em língua.

Essas lesões podem se associar diretamente ao HIV ou a outras infecções sexualmente transmissíveis (sífilis, herpes simples etc).

Lesões em Pele

  • Rash – São pequenas erupções de cor vermelha ou rosa, ou até mesmo bolinhas. Aparecem tipicamente 48 a 72 horas após o início da febre e persistem por cinco a oito dias. Ela pode aparecer na região superior do tórax, na região do colar e face, ou até mesmo no couro cabeludo e nas extremidades, incluindo as palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões, geralmente, não coçam;
  • Psoríase – Lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, nos cotovelos e joelhos, além de pés, mãos e unhas;
  • Foliculite – Inflamação de um ou mais folículos pilosos;
  • Micose – Fungos entre os dedos do pé;
  • Ictiose – Intenso ressecamento e descamação da pele, especialmente na região do tronco, de pernas e pés, que deixam a pele parecida com uma escama de peixe;
  • Molusco Contagioso – Infecção de pele causada por vírus. As lesões do molusco contagioso são pequenas, elevadas, hemisféricas, da cor da pele, com aspecto translúcido e apresentando umbilicação central.

Podem estar isoladas (mais comum) ou se agrupar. O tamanho das lesões pode variar de puntiformes a cerca de 5 milímetros de diâmetro.

Sintomas Gastrointestinais

  • Náuseas (enjoos);
  • Diarreias;
  • Falta de apetite;
  • Perda de peso.

Apesar de raros, alguns pacientes também podem apresentar quadros de Pancreatite (inflamação do pâncreas) e Hepatite (inflamação do fígado).

Sintomas Neurológicos

  • Dor atrás dos olhos que piora ao movê-los;
  • Meningite asséptica;
  • Fotofobia (intolerância à luz);
  • Mudanças de personalidade;
  • Confusão mental;
  • Síndrome de Guillain-Barré.

Infecções Oportunistas

Esse tipo de infecção, geralmente, ocorre apenas na fase mais desenvolvida da infecção pelo HIV, ou fase AIDS. Micro-organismos que não são capazes de causar doenças em pessoas com a imunidade normal, podem causar graves infecções e até matar quem possui pouca defesa imune.

Em casos raros, essas infecções podem ocorrer durante a queda transitória da imunidade, que se dá na primeira fase da infecção pelo HIV. Além de rara, quando ocorre, geralmente, é mais branda e pode até passar despercebida pelo paciente, pois depois dessa fase inicial de imunossupressão há uma recuperação das células de defesa. Independente do inicio dos medicamentos antirretrovirais.

Importância do Diagnóstico Precoce

O diagnóstico precoce da infecção pelo HIV é crucial por várias razões. Primeiramente, permite que a pessoa infectada inicie o tratamento antirretroviral (TARV) o mais cedo possível. Estudos mostram que o início precoce do tratamento pode reduzir significativamente a carga viral no sangue, diminuindo o risco de transmissão do HIV para outras pessoas e melhorando a qualidade de vida e a expectativa de vida da pessoa infectada.

Além disso, o diagnóstico precoce ajuda a prevenir complicações relacionadas ao HIV e a outras infecções oportunistas que podem ocorrer quando o sistema imunológico está enfraquecido. Portanto, qualquer pessoa que tenha suspeita de exposição ao HIV deve procurar um profissional de saúde imediatamente para realização de testes apropriados.

Tratamento e Manejo da Síndrome Retroviral Aguda

O tratamento da Síndrome Retroviral Aguda envolve o início imediato da terapia antirretroviral (TARV), que é eficaz na supressão da replicação do HIV. A TARV é composta por uma combinação de medicamentos que atuam em diferentes etapas do ciclo de vida do vírus, reduzindo a carga viral a níveis indetectáveis e permitindo que o sistema imunológico se recupere.

O manejo adequado da SRA também inclui o tratamento dos sintomas e das condições associadas. Por exemplo, medicamentos antipiréticos podem ser usados para reduzir a febre, enquanto analgésicos são indicados para aliviar dores musculares e nas articulações.

Prevenindo o HIV

O uso consistente de preservativos, a realização de testes regulares e a prática de sexo seguro são estratégias-chave para prevenir a infecção pelo HIV. Além disso, a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP) são ferramentas importantes na prevenção do HIV para pessoas que estão em risco elevado de exposição ao vírus.

Em caso de dúvidas sobre o assunto ou a prática sexual de risco, não deixe de consultar um médico infectologista de sua confiança para descartar ou confirmar a condição, e obter todo o auxílio necessário para manter uma boa qualidade de vida.